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1977.3
As Frenéticas 1os. discos (compacto e LP)
Gilberto Gil 7o. LP - Refavela
Sá e Guarabyra 3o. LP - Pirão de peixe com pimenta
Em 11 de Março de 1977,
As Frenéticas entram no estúdio paulistano da cantora Wanderléia e iniciam as gravações de seu 1o. disco, um compacto simples contendo, do lado A , A felicidade bate à sua porta (Gonzaguinha), e, do lado B, um pot-pourri com versões disco' para Exército do Surf (L'exercito Del Surf -vrs. Neusa de Souza) / Let Me Sing (Raul Seixas) / O Gênio (Getúlio Cortes) / Bye Bye Love (F. Bryant / B. Bryant).
O grupo, foi formado inicialmente por Nelson Motta para atuar como garçonetes-cantoras de sua boate “The Frenetic Dancin’ Days Discotheque” (inaugurada em 05/08/1976, no Rio de Janeiro, no Shopping Gávea, onde atualmente é o Teatro dos Quatro) ).
Era composto por Sandra Pêra, Regina Chaves, Edir de Castro, Leila Neves (Leiloca), Lidia Maturscelli (Lidoca) e Dulcilene Moraes (Dudu).
O compacto, lançado em 22 de abril de 1977 pela gravadora WEA (selo Atlantic), recém chegada ao Brasil (este compacto foi seu 1o. lançamento no Brasil); numa festa na discoteca Papagaio, em São Paulo, com grande cobertura da imprensa, rapidamente alcançou as paradas de sucesso das rádios e TVs de todo o Brasil.

Em 25 de agosto de 1977, As Frenéticas retornam ao estúdio de Wanderléia em São Paulo, onde iniciam as gravações de seu 1o. LP. homônimo.
O disco, lançado em 20 de Outubro de 1977, as consagraria definitivamente como as rainhas da Disco' Music brasileira, trazendo hits como Perigosa ("eu sei que eu sou bonita e gostosa..."), Fonte da Juventude e Vida frenética, além das músicas do compacto lançado meses antes.
Fechada apenas 4 meses após sua inauguração, a The Frenetic Dancin' Days só reabriria suas portas em novembro de 1978, no Morro da Urca, em pleno auge do sucesso da novela global que levava seu nome. Mas, também desta vez, mesmo com todo o enorme sucesso, logo após o final da novela (em 27/01/1979), a casa encerraria definitivamente as atividades.
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Em 19 de Março de 1977,
Gilberto Gil entra nos estúdios da Phonogram (Phillips) carioca e inicia a gravação de Refavela, seu 7o. LP de estúdio (sem contar os de suas parcerias com outros artistas).
O disco foi elaborado com influências que Gil trouxe de sua participação no 2º FESTAC - Festival Mundial de Arte e Cultura Negra - que acontecera por cerca de um mês a partir do final de janeiro de 1977 em Lagos, na Nigéria; assim como do então iniciante Movimento Black Rio, que trazia para o Brasil, principalmente para o Rio de Janeiro, os ritmos e costumes do funk americano.
O álbum seria o 2o. de uma trilogia de "Res" iniciada em 1975, com Refazenda, e que culminaria com Realce, que seria lançado em 1979.
Em sua coluna do jornal O Globo de 24 de abril de 1977, Nelson Motta fala sobre as gravações em andamento do disco (veja post abaixo), mencionando que uma versão de No woman, no cry, de Bob Marley, estaria no set list do novo álbum. Porém, tal versão, que se transformaria em um dos maiores clássicos de Gil, na realidade só seria lançada dois anos depois, no LP Realce, que completaria a trilogia iniciada em Refazenda.
Lançado em 02 de julho de 1977, o disco seria um enorme sucesso, aproximando Gil de camadas populares até então não atingidas.
Ouça o LP completo no link ao lado: Refavela |
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Em 26 de Março de 1977,
Sá e Guarabyra entram no paulistano Estúdio Vice Versa (pertencente a eles mesmos), e iniciam as gravações de seu 3o. LP, Pirão de Peixe com Pimenta.
O álbum (lançado em 02/09/1977), um enorme sucesso que tornou a dupla conhecida nacionalmente, tráz alguns dos maiores clássicos, deles e da história da música popular brasileira, como Sobradinho, Marimbondo, João sem terra, Cinamomo, Coração de maçã, e o maior hit de todos: Espanhola (posteriormente regravado, ainda com maior sucesso, pelo 14 Bis).
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